O conceito foi desenvolvido segundo dois corpos que se interligam e que se distribuem de formas diferentes no sítio. O corpo do campo de futebol mais estático, e o corpo da escola mais orgânico, que se vai desenrolando e formando em redor do campo, procurando o mar a Sul. O acesso para os equipamentos, tal como solicitado, será feito pelo arruamento a sul, que gera desta forma, junto com a solução projectada, um espaço ideal tanto para o acolhimento das crianças, como para a zona de recreio descoberto que a uma cota mais elevada permite uma maior contemplação. Toda a escola é desenvolvida num só piso, com todos os espaços articulados de maneira a que os alunos não tenham de atravessar nenhuma zona exterior nas deslocações mais frequentes.
A orientação geográfica das salas de aula e das zonas de maior permanência dos alunos e professores será a Sul-sudoeste, para garantir um bom nível de conforto ambiente, e tirar o maior partido da vista mar que generosamente, nos é dada. As zonas técnicas da escola situam-se a norte, contíguas ao campo de futebol, embora não tenham contacto visual directo para o mesmo, ganham uma forma conceptual idêntica a caixas rasgadas na lateral que se soltam do resto do edifício para permitir a sua ventilação natural. O equipamento de apoio ao campo de futebol, desenvolve-se como um muro técnico, que surge um pouco à imagem do que acontece na escola, vão surgindo elementos salientes, que dão origem aos vários espaços requeridos. Todo este corpo também é contíguo ao próprio campo de futebol, que surge aqui como elemento gerador do espaço, mas desta vez a poente.